Alunos do APOGEU se preparam para começar a faculdade longe (bem longe) de casa.

Data de Publicação: 12/02/2016 10:04:00

Se entrar na faculdade já é uma grande mudança, fazer isso morando em outra cidade e sem conhecer ninguém é um desafio ainda maior. Agora imagine mudar de estado ou de país para dar continuidade aos estudos.

É exatamente isso que dois alunos do APOGEU pretendem fazer. A vontade de cursar medicina fez com que os futuros calouros buscassem seus objetivos em locais distantes. Michele Pontes e Paulo Renan Figueiredo já estão arrumando as malas para a mudança de endereço. Ele para o Acre e ela para a Rússia.

Paulo cursava Engenharia Elétrica na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), mas descobriu que seu sonho era mesmo se tornar médico. Abandonou a engenharia, entrou no preparatório ENEM do APOGEU e foi aprovado na Universidade Federal do Acre (UFAC): “Quando falo que vou me mudar para Rio Branco as pessoas se assustam, mas o Acre sempre foi uma opção para mim, tenho família lá e meu pai, inclusive, trabalha na UFAC” explica.

Já Michele vai encarar uma mudança para um local que não conhece ninguém e muito menos a língua. A estudante conta que no final de 2015 começou a pesquisar sobre estudar fora: “Como sempre achei a Rússia um país muito interessante, acabei me interessando pelo programa oferecido pela Aliança Russa. Enviei meus documentos e, em janeiro, tive a confirmação de que a vaga era minha”, conta.

Em abril, Michele começa os estudos na Universidade Estatal de Kursk (KSMU). Se a falta de fluência em russo vai fazer falta, Michele explica que já começou a se preparar, fazendo aulas de russo e entrando em contato com veteranos brasileiros: “as aulas da faculdade de medicina são em inglês, o que já facilita muito, e eu já entrei em contato com um grupo de brasileiros que moram em Kursk, estão todos sendo muito receptivos”.

Apesar da grande mudança e da diferença futura moradia, os dois alunos têm na ponta da língua a resposta para quem se espanta com suas escolhas: “Pelo amor à medicina, vale a pena”